22 de nov. de 2009

O TRABALHO DOS GUARDA-COSTAS

ENTENDA A SITUAÇÃO E SAIA DA LINHA DE FOGO

Por André Pereira da Silva.

Os riscos de uma celebridade e o serviço dos guarda-costas podem trazer alguns problemas para os que estão próximos. A situação pode ficar parecida com a de pessoas próximas de um carro forte, no momento em que se transporta malotes de dinheiro.

Reconheça a celebridade e procure seus guarda-costas em meio à multidão. Eles estarão lá. Com base no que você vai ler a seguir será mais fácil reconhecê-los e entender como tudo funciona.

Embora os guarda-costas sejam discretos, seus clientes normalmente não o são. Posicione-se bem na situação e tenha uma conduta natural, até para não ser confundido com um possível agressor. Evite correr os mesmos riscos de uma celebridade por estar perto dela, sem ao menos ter um guarda-costas para te proteger. Afinal, eles farão tudo para proteger o cliente, e você só estará seguro se estiver fora do caminho, dos guarda-costas e de possíveis agressores.

Escolha uma posição segura e aja com naturalidade. Não fique estudando demais o esquema de segurança, pois isto também poderá ser visto como uma possível ameaça.

A orientação básica para quem faz uma escolta pessoal é ser discreto e agir preventivamente. O profissional vai, antes de tudo, evitar o combate, em nome da vida do cliente e da própria.

A vigilância, em permanente estado de alerta, exige a capacidade de reconhecer perigos potenciais, antes que eles aconteçam. Os guarda-costas estudam o perfil psicológico e o comportamento de possíveis agressores, para não serem surpreendidos por eles. Uma técnica fundamental é a chamada leitura corporal: saber identificar posturas e gestos suspeitos.

Apesar de o segurança andar armado, quando o confronto é inevitável vale mais seu bom preparo físico e o treinamento em artes marciais, como o aikidô – de golpes curtos e eficientes; para colocar o oponente fora de combate sem dar na vista.

Nem sempre, porém, os seguranças devem permanecer invisíveis. Em alguns eventos públicos, pode ser importante que eles se mostrem como uma presença intimidatória.

O exato oposto dessa tática ocorre na escolta de celebridades, que requer sensibilidade para perceber o limite entre o toque de um admirador e uma agressão. Os guarda-costas precisam agir de uma forma mais simpática, sem ofender os fãs nem chamar a atenção da imprensa. Antes mesmo de o cliente perceber que está sendo alvo de um ataque, o segurança já sacou sua arma. O guarda-costas precisa de boa coordenação motora e reflexos ágeis para, simultaneamente, jogar o outro braço para trás, para manter o cliente atrás de si.

O terno escuro é para situações formais. Se o cliente estiver de roupa esporte, o segurança pode estar usando o mesmo tipo de roupa.

A lanterna costuma ser usada para checar se há algo suspeito debaixo do carro do cliente ou para iluminar fugas. A pistola calibre PT380 é um dos raros modelos permitidos para a segurança pessoal. Outra opção é o calibre 38. O canivete suíço é velho conhecido por suas diversas utilidades, como cortar cordas e reparos de emergência. Os óculos escuros reforçam a discrição do agente de segurança: não dá para ver para onde ele está olhando. O colete à prova de balas agüenta até tiros à queima-roupa, dependendo do tipo de armamento. O rádio preso à cintura, mais o fone de ouvido, garantem a comunicação com os colegas. Uma carga de munição reserva também não pode faltar. Fixada ao cinto, ela é facilmente acessada.

Conheça algumas táticas dos guarda-costas

1 - O trio de guarda-costas forma um V, cada um com visão de 180o à frente e nas laterais do cliente. Eles mantêm o paletó aberto caso necessitem sacar rapidamente suas armas.
2 - Surpreendidos por um agressor, eles correm para frente do cliente, formando uma barreira para protegê-lo. O segurança que fica atrás, chamado de "mosca", é o único que pode tocar o protegido. Ele usa uma técnica inspirada no aikidô para abaixar o cliente, reduzindo sua exposição ao perigo.
3 - Antes que o atacante consiga atirar, ele já está dominado e recebe a ordem de se entregar. Protegido pela parede humana, o cliente é levado pelo "mosca" para longe da linha de fogo.
4 - Chamado de "satélite", um quarto segurança se mantém afastado do grupo e da atenção do agressor. Ele pode substituir um de seus colegas e também age como reforço externo.

Sempre há um carro de apoio para dar cobertura ao automóvel que transporta o cliente. O chefe da equipe vai no banco do passageiro, com visão e campo de tiro de 180o. Os retrovisores dão ao motorista uma visão de 360o, mas ele não pode atirar. Já os colegas do banco de trás sentam-se de costas um para o outro, com visão de 90º.

No trânsito conheça o movimento dos veículos


1 - Os dois carros devem ser blindados e idênticos, para confundir os agressores. O veículo de apoio anda sempre em segunda ou terceira marcha, para facilitar as freadas ou arrancadas bruscas.
2 - O carro de apoio vê um veículo estranho se aproximando e começa a fazer uma curva aberta, deixando o carro do cliente passar por dentro.
3 - Esse mesmo veículo fecha a passagem do possível seqüestrador, impedindo que ele aborde o carro protegido. As janelas de trás devem estar sempre abertas, caso seja necessário atirar.
4 - Enquanto o carro de apoio enfrenta o inimigo, o outro ganha tempo para fugir em disparada por uma rota alternativa, despistando os bandidos.

Talvez você agora possa se livrar de um confronto eminente. Ao menos já tem uma boa idéia de como se comportar e, como se posicionar diante do trabalho de guarda-costas.



12 de nov. de 2009

QUE OLHOS ESTÃO POR TRÁS DO ORKUT?

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Por André Pereira da Silva.

Recebi uma mensagem eletrônica do Professor Marco André Vizzortti. Era uma campanha de esclarecimento. A mais pura e espontânea "cultura da segurança", falando sobre os riscos que as pessoas criam para si quando se expõem no ORKUT. O que chama a atenção é a forma como os hábitos de risco se propagam pela internet.

Dizem que o ORKUT é uma ferramenta de espionagem da CIA, a agência de inteligência americana. Isso é perfeitamente possível, mas o que é fato é que o ORKUT está totalmente proibido em alguns países. Justamente nos países em que os EUA chamam de “totalitários”, onde dizem que não há liberdade...

Deixando de lado questões estratégicas e de segurança nacional, é incrível o comportamento de risco que adotamos distraidamente no ORKUT e na internet de modo geral.

Agora vejam o que o Professor de Informática da USP Marco André Vizzortti fala sobre o ORKUT:


ATENÇÃO ESTA CAMPANHA É MUITO IMPORTANTE PARA SUA SEGURANÇA E DE SEUS FAMLIARES.

O ORKUT apareceu como uma forma de contatar amigos, saber notícias de quem está distante e mandar recados. Hoje está sendo utilizado com o propósito de, creio, ser o seu maior trunfo: obter informações sobre uma classe privilegiada da população brasileira.

Por que será que só no Brasil teve a repercussão que teve? Outras culturas hesitam em participar sua vida e dados de intimidade, de forma tão irresponsável e leviana. Por acaso você já recebeu um telefonema que informava que seus filhos estavam sendo seqüestrados? Sua mãe idosa já foi seguida por uma quadrilha de malandros? Já te abordaram num barzinho, dizendo que “te conhecia” faz tempo? Já foi a festas armadas para reencontrar os amigos de 30 anos atrás e não viu ninguém?

Pois é.. Ta tudo lá. No ORKUT.

Com cinco minutos de navegação eu sei: quantos filhos você tem, ou se não tem,
se tem namorado/a, sei que estuda no colégio tal, ou que trabalha em tal lugar,
sei que freqüenta tais cinemas, tais bares, tais festas... Sei nome de familiares, sei nome de amigos; sei sei sei...! E o melhor de tudo, com uma foto na mão!

Identifico seu rosto em meio a multidões, na porta do seu trabalho, no meio da rua.
Afinal, já sei onde você está. É só ler os seus recadinhos.

Faço um pedido: Quem quiser se expor assim, faça-o de forma consciente e depois não lamente, nem se desespere, caso seja vítima de uma armação.
Mas poupe seus filhos, poupe sua vida íntima.

O bandido te ligou pra te extorquir dinheiro também porque você deixou. A foto dos meninos estava lá. Teu local de trabalho tava lá. A foto do hotel 5 estrelas na praia tava lá. A foto da moto que está na garagem estava lá.

Realmente somos um povo muito inocente e deslumbrado...

Por enquanto, temos ouvido falar de ameaças a crianças e idosos. Até que um dia a ameaça será fato real. Tarde demais...

Se você me entendeu, ótimo!

Reveja sua participação no ORKUT, ou ao menos suprima as fotos e imagens de seus filhos menores e parentes, que não merecem passar por situações de risco que você os coloca.

Oriente seus filhos a esse respeito, pois colocam dados deles e da família sem pensar em consequências.

As pessoas fazem isso pelo desejo de participar, mas não sabem ou não pensam no perigo de se dar dados pessoais e da família para que qualquer pessoa veja.

Se acha que não tenho razão, deve se achar invulnerável.

Informo que pessoas muito próximas a mim e queridas já passaram por dramas gratuitos, sem perceber que tinham sido vítimas da própria imprudência.

A falta de malícia para a vida nos induz a correr riscos desnecessários. Não só de ORKUT vive a maioria dos internautas. Temos uma infinidade de portas abertas e que por um descuido colocamos uma informação que pode nos prejudicar. Disponibilizar informações a nosso respeito pode se tornar perigoso ou desagradável.

Portanto, cuidado ao colocar certas informações na Internet. Não conhecemos a pessoa ou as pessoas que estão do outro lado da rede. O papo pode ser muito bom, legal, mas o risco é igual no ORKUT, 1Grau, Gazzag, NetQI, Blogs, Flogs, etc...

Um abraço,
Marco André Vizzortti
Professor de Informática da USP
(Universidade de São Paulo)


Reenvie, divulgue, para que todos tenham consciência sobre o assunto e possam colaborar com a diminuição da espionagem e do crime.

4 de nov. de 2009

FALHA DE EMPRESA DE MONITORAMENTO ELETRÔNICO GERA INDENIZAÇÃO

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A 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais condenou uma empresa de monitoramento eletrônico a indenizar, em R$ 4.763,00, corrigidos, uma empresa consultora de engenharia térmica, de Belo Horizonte, que, mesmo contratando os serviços de segurança eletrônica monitorada, teve sua sede invadida e vários objetos furtados. A decisão também rescindiu o contrato de monitoramento a partir da data do furto e estabeleceu o pagamento de multa contratual.


A empresa de engenharia contratou os serviços de monitoramento por um período de 24 meses. Um ano e meio depois, a sede da empresa foi arrombada.


Os assaltantes, antes de arrombar a janela, desligaram o sistema de segurança (câmeras de tv e alarme) e cortaram as linhas telefônicas.
No dia do arrombamento, a esposa de um dos sócios recebeu uma ligação de um celular que ficava na sede da empresa e buscou esclarecimentos com o gerente, que negou a autoria da ligação e procurou a empresa de segurança, que, por sua vez, informou que não havia nada de anormal na sede da consultora.


Na segunda feira seguinte, os funcionários constataram que as dependências da empresa haviam sido arrombadas durante o final de semana e que vários objetos haviam sido retirados, entre eles, computadores, telefone celular, impressora, scanner, agenda eletrônica, videocassete, gravador, secretária eletrônica, equipamento de som automotivo e relógio de mesa.


O furto interrompeu o funcionamento da empresa por cerca de vinte dias. A empresa consultora requereu na ação a restituição dos valores furtados, no valor de R$ 9.550,00, a rescisão do contrato de serviço de vigilância com a devolução do valor pago durante o contrato, equivalente a R$ 1.235,00 e o pagamento do valor correspondente ao prejuízo com a paralisação das suas atividades.


A empresa de vigilância alegou que não pode ser responsabilizada, pois os assaltantes, antes de arrombar a janela, desligaram o sistema de segurança e cortaram as linhas telefônicas. Argumentou ainda que não foi negligente nem omissa, pois não recebeu aviso nenhum sobre irregularidade na sede da empresa de engenharia.


No entanto, os desembargadores Pedro Bernardes (relator), Tarcísio Martins Costa e Antônio de Pádua entenderam que houve falha na prestação de serviço de segurança, pois era exatamente a ação de ladrões que se queria evitar com o contrato de monitoramento/segurança preventiva. Segundo o relator, “a empresa que se obriga a comunicar a violação do imóvel se obriga a reparar o dano em caso de furto sem a comunicação ao proprietário”.


O contrato foi rescindido a partir da data do evento. Não ficou comprovado que houve prejuízo pelos dias de paralisação, portanto só haverá reembolso dos valores da multa contratual prevista no contrato, e dos valores referentes aos objetos retirados da sede que tiveram notas fiscais anexadas ao processo. Apesar da empresa reclamar o valor de R$ 9.550,00, somente apresentou notas fiscais no valor de R$ 4.763,00.


Processo:1.0024.03.057347-1/001


Leia a matéria: CLIENTE MONITORADO 24H: o "Olho de Horus" do nosso tempo.

24 de out. de 2009

SEGURANÇA, OMISSÃO E IMPOSTOS

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Por André Pereira da Silva.

Tenho me surpreendido com as realizações do governo Lula. Não deve ser facil reverter uma política neoliberal implantada por décadas no país. O PRONASCI e o CONSEG são grandes iniciativas na área de segurança, entre outras que vou comentar depois.

Não obstante a isto, antes de querer arrecadar mais em imposto, o Estado deve cumprir seu o dever. Assim como saúde e educação, é claro que a segurança também é dever do Estado. Por esta razão, os governos estaduais e municipais devem colaborar com a segurança, mantendo a Polícia Militar de prontidão, disponibilizando as Guardas Municipais, mantendo escolas vigiadas, terrenos limpos, ruas e praças iluminadas.

Já que o Estado neoliberal se tornou (propositalmente) incompetente para fazer esse serviço e vem deixando a missão da segurança para o setor privado, todos os governos devem oferecer incentivos fiscais para as empresas privadas que atuam no setor. Isso beneficiará os consumidores que investem na própria segurança; incentivará os que querem fazer a sua parte (Segurança é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos...), e colaborar com o todo.

As empresas de Vigilância Eletrônica de iniciativa privada passaram a fazer esse trabalho: implantar soluções tecnológicas para a segurança pública e privada. Contudo, o cidadão não pode pagar mais imposto para ajudar o Estado a (não) cumprir o seu dever, que já começa a ser compartilhado com os municípios.

Pagar imposto e continuar sem saúde, sem educação e sem segurança! É imoral a postura neoliberal do Estado, cada vez mais omisso, terceirizador e arrecadador. Que aumenta sua arrecadação através do aumento do consumo de serviços de segurança privada; demanda provocada justamente pela segurança “devida” pelo próprio Estado, que obstrui e onera a segurança privada.

Em razão dessa postura do Estado, o setor da segurança privada vem sendo muito explorado. O ramo da Vigilância Eletrônica se encontra muito vulnerável, espremido entre a formação de monopólios, pesados impostos, concorrência predatória e a responsabilidade civil diante dos consumidores.
O princípio da Segurança não está tendo prioridade alguma sobre o princípio da Livre Concorrência. Isso é neoliberalismo puro!
Essa configuração de mercado oprime as pequenas empresas, capazes de atender o consumidor com preços baixos, embora com custos altos. Oprime também o cidadão, obrigando-o a pagar caro por segurança – privada e tributada. O cidadão não deve pagar mais por um sistema de segurança, devido a lucros, encargos sociais e impostos elevados.

Embora as novas tecnologias apontem soluções viáveis para segurança pública e privada, a falta de gestão e de regulamentação do setor pode deixar que essas tecnologias sejam monopolizadas por fortes grupos econômicos. Grupos lobistas, que atuam como parceiros de políticos e arrecadadores dos governos.
O que é pior: a tecnologia da segurança a serviço da lavagem de dinheiro ou a tecnologia da segurança nas mãos de simples criminosos? A omissão da sociedade e a falta de fiscalização do Estado facilita a infiltração de criminosos no setor da segurança eletrônica.

Tudo isso inibe a idéia da tecnologia no combate ao crime e a sociedade perde a chance de combater, a custos acessíveis, os graves problemas de segurança. Por isso, o Estado deve atuar na segurança, fiscalizando (sem tributar ou extorquir) os que trabalham no setor. Leia a matéria RISCOS NA LEI QUE REGULARÁ A SEGURANÇA.

Ninguém quer ser roubado nem pagar caro por um sistema de alarme; muito menos contratar “ladrões” para instalar um sistema de segurança em sua residência. A sociedade só encontrará solução para sua segurança ao se livrar do ônus da sua própria omissão e da ineficiência proposital do Estado neoliberal.

14 de out. de 2009

CLIENTE MONITORADO 24H: o "Olho de Horus" do nosso tempo.

Por André Pereira da Silva.



Monitoramento é uma palavra que entrou na moda. Com isso, as pessoas acabam usando essa palavra toda hora, de modo incorreto e inadequado. O mesmo ocorre com o Serviço de Monitoramento de alarmes, que começa a ser visto no Brasil como um “Diferencial” da vigilância eletrônica. Ocorre que, com esse serviço "Padronizado" e apresentado como uma “vantagem absoluta”, as pessoas leigas ficam induzidas a monitorar tudo, desnecessariamente.

Assim, sem que as pessoas percebam, acabam sendo (elas próprias) de fato monitoradas. Segurança ou Risco?

Apesar de famoso, o serviço de Monitoramento de alarmes acompanhado da Pronta Resposta (que imita o modelo norte americano) é incompatível com a legislação brasileira. Muitas empresas brasileiras seguem à risca esse "Padrão" comercial e operacional; mas acabam infringindo a norma legal do Brasil, complicando a segurança de todos.

Ao comprar produtos para segurança americanos, o que vem junto no pacote é o modo (americano) de utilização e comercialização dessas tecnologias. Assim, empresas americanas repassam o seu “know How” marketeiro às empresas brasileiras, a despeito da nossa legislação, das nossas diferenças históricas e culturais.

A verdade é que a segurança eletrônica não deve ser padronizada. A vigilância eletrônica nem sempre requer o monitoramento do usuário; pelo contrário, às vezes isso é até indesejável, pois essa tecnologia tem seus custos e seus riscos: mal gerido, o monitoramento aumenta os riscos e causa muitos problemas, inclusive legais (leia a matéria FALHA DE EMPRESA DE MONITORAMENTO ELETRÔNICO GERA INDENIZAÇÃO).

Agora conheça 10 riscos (normalmente ignorados) no consumo de vigilância eletrônica ou na simples compra de sistemas de “segurança”:

1- Mercado da segurança eletrônica ainda sem regulamentação; em concorrência desleal: empresas trabalhando sem marca registrada, sem funcionários registrados, sem compromisso com resultados; sem meios para preservar o sigilo técnico e as informações pessoais dos clientes.

2- Serviços autônomos de vigilância eletrônica; sem vínculo com empresas; feitos por pessoas anônimas, incompetentes e irresponsáveis; com acesso a informações privilegiadas sobre os clientes.

3- Promoções e vendas indiscriminadas de sistemas de segurança em lojas; kits padronizados vendidos a esmo no balcão como se fossem produtos acabados. Como se fossem meros bens de consumo, sem qualquer compromisso com a segurança presumida neles.

4- Instalação de sistemas padronizados; previsíveis e vulneráveis às sabotagens. Vendas de alarmes, câmeras e cercas elétricas, sem consultoria prévia, sem projeto estratégico: gestão inadequada, fadada ao fracasso.

5- Gestão vulnerável nas próprias Empresas de monitoramento: rotatividade de pessoal sem vínculo empregatício, provocando fracassos técnicos por incompetência, negligência e até por conivência com crimes de roubo, furto, formação de quadrilhas, milícias, ameaças e extorsão aos clientes.

6- Lojinhas de monitoramento acessíveis; vulneráveis a assaltos e rendição com desarme remoto de todos os sistemas monitorados. Funcionários despreparados, mal-remunerados e contratados sem critérios monitorando 24h os hábitos cotidianos dos clientes...

7- Promessa de PRONTA RESPOSTA (ao estilo americano) em caso de alarme: suposto envio de uma “viatura” privada com homens sem porte de arma, sem poder de polícia, sem chaves de acesso para abrir e vistoriar o local alarmado; sem as atribuições legais para fazer esse trabalho “policial”. Proposta comercial, modernosa e fantasiosa; inadequada, ineficiente e ineficaz.

8- PRONTA RESPOSTA com logística obviamente falha; inadequada até para cobrir áreas pouco distantes do ponto de partida: chegadas tardias e/ou previsíveis ao local alarmado. A "Pronta Resposta" acaba sendo apenas a "cena cinematográfica" que se faz no local depois que os ladrões já foram embora. Prestar esse serviço privado portando armas é totalmente ilegal no Brasil. Sem armas é inútil e arriscado...

9- Contratados por clientes e empresas de monitoramento, vigilantes clandestinos dirigindo “viaturas”, trafegando armados pelas ruas: prática do crime de porte ilegal de arma de fogo, cometido por homens dispostos a praticar ou sofrer homicídios a mando de seus contratantes: sujeitos a responderem criminalmente como “mandantes” dos homicídios ocorridos, praticados por seus prepostos terceirizados...

10- Empresas que aos poucos vão se tornando organizações criminosas, obtendo informações privilegiadas, domínio sobre as tecnologias de segurança eletrônica, instaladas para vigiar eletronicamente residências e empresas, clientes e patrimônios.

Esses riscos são graves porque se confundem com a segurança desejada.

Enquanto não surgir uma boa lei para regulamentar essa atividade (existe apenas o precário Projeto de lei 1.759/2007: vide RISCOS NA LEI QUE REGULARÁ A SEGURANÇA), a segurança disponível no mercado estará cheia de riscos.

Então, amigo consumidor, fique alerta! Em grande parte do monitoramento feito para pequenas empresas e residências, quem acaba sendo monitorado e vigiado é você.

Saiba mais sobre o "Olho de Horus" da mitologia egípcia.

PESQUISAS DE CONFIANÇA NA SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA.

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