24 de jun. de 2009

A SEGURANÇA E A GESTÃO NEOLIBERAL NOS CONDOMÍNIOS.

Por André Pereira da Silva.

De fato, imóveis em condomínios fechados são mais valorizados devido ao valor agregado da (suposta) segurança oferecida aos moradores. Para obter essa vantagem (comercial), muitas imobiliárias, síndicos e proprietários, procuram manter uma segurança ostensiva (aparente): vista como excelente por leigos, deficiente por consultores de segurança e vulnerável por criminosos.

Cada vez mais fantasiosa, a vigilância eletrônica tem sido usada para aumentar a “sensação” de segurança no local, atraindo leigos compradores de imóveis. Porém, crimes reais apavoram os moradores e desvalorizam seus imóveis. Em nosso sistema econômico capitalista, a resposta "lógica" para isso tem sido a obsessão por produtos visíveis, modernosos e baratos: alarmes (falsos), cercas elétricas (sem eletrificação) e câmeras (falsas) com avisos mentirosos: sorria, você está sendo filmado...

O sistema econômico capitalista, gerador de riscos por excelência, não contempla investimentos em segurança real. Na verdade, a obsessão de muitos gestores são as bravatas econômicas: meros blefes tecnológicos para agregar valor aos imóveis e manter as supostas vantagens e lucros nos negócios. Neste comportamento irresponsável o cliente lucra, a segurança diminui e a criminalidade aumenta.

A jactância e a parlapatice são comportamentos de risco, comuns na sociedade competitiva. No entanto, criam uma demanda para os consultores de segurança, para os sistemas de vigilância eletrônica, alarmes, câmeras, cercas eletrificadas, automação, biometria; embora só para impressionar e agregar valor aos imóveis...

As tecnologias para segurança não devem servir somente às gabolices de proprietários de imóveis, só porque eles são os gestores e detentores das verbas. Na relação de consumo de vigilância eletrônica, as tecnologias devem atender às estratégias planejadas e à segurança presumida nelas. Isto requer uma mudança de cultura e de atitude dos gestores-consumidores-usuários.

Muitos adoram jogar Pôquer valendo dinheiro, mas detestam investir em tecnologia (o suficiente) para obter a segurança presumida. Acham que isso não adianta, só trás gastos e prejuízos... Preferem ignorar os riscos e seguir em busca do lucro, sem assumir responsabilidades com a segurança de todos. Administram com o vício de lucrar, de obter vantagens, esquecendo que os condomínios não são empresas onde se podem acumular lucros; o dinheiro que sobra tem que ser investido em benefícios (reais) ou devolvido aos moradores.

Como ninguém quer "perder" no jogo econômico-financeiro, os administradores de condomínios desenvolvem estratégias comerciais agressivas; embora, não teham quaisquer estratégias para a segurança. Não tem prioridades definidas. As responsabilidades não são assumidas nem compartilhadas de modo claro e honesto. O que muitas vezes se pretende na terceirização é a simples "transferência de responsabilidade". Leia a matéria 

A RESPONSABILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS LIGADOS À SEGURANÇA



A segurança esperada por todos muitas vezes é gerida como uma grande barganha. Assim, a melhor tecnologia para vigilância se reduz em medida de segurança aparente, paliativa e enganadora: um arriscado blefe! Tudo para enganar ladrões "de galinhas", justificam. E se os ladrões não forem "de galinhas"?... Contrariados -mas pressionados pelas circunstâncias- gestores acabam investindo timidamente dizendo: “a segurança profissional é um mal necessário”. Isso cria uma lógica absurda, na qual um “mal” seria necessário para proteger os “bens”... 

Ressentidos por deixar de comprar “bens” e obrigados a investir num “mal”, contratam empresas de segurança com mero interesse de transferir suas responsabilidades a elas, numa gestão que oculta o desejo de manter a barganha sempre “vantajosa”, mesmo que a segurança tecnológica se torne só mais um luxo aparente. "Se vira, agora o problema é teu", dizem os gestores. Assim, se houver crimes, põe-se a culpa na tecnologia ou naqueles que se curvaram aos “desejos inconfessos” dos clientes.

Para esse tipo de gestor, as empresas sérias do ramo e os profissionais competentes se tornam inconvenientes: mostram os riscos e desnudam a má conduta administrativa da segurança, que exige atitudes corretas, gestão responsável e investimentos em tecnologia proporcionais e adequados ao risco.

Com sua noção de lucro “prejudicada” pela segurança, muitos gestores se vingam; se tornam “inimigos” da segurança; não colaboram com nada, mas culpam os profissionais por tudo, insistindo em não assumir suas responsabilidades. Alguns até sabotam a (própria) segurança para criar justificativas de cortes nas verbas ou a troca da equipe.

Raros são os condomínios valorizam a segurança pelos resultados; seja pela eficácia das tecnologias, por riscos controlados, patrimônios protegidos, vidas preservadas... Ao contrário, dizem que se nada mais aconteceu (com o risco controlado) é porque tudo esse investimento foi desnecessário e inútil... Muitos também não reconhecem que a segurança implantada agregou e estabilizou valores nos imóveis. Afinal, se paga pouco e compra-se barato justamente para ficar com o dinheiro e lucrar!

No sistema capitalista, nos negócios da segurança, a gestão neoliberal dos clientes estabelece prioridades equivocadas e instáveis: na hora de fechar contrato dá-se muito valor ao dinheiro e pouca importância ao risco patrimonial e humano. Na hora de instalar, a economia e a estética tem prioridades mas, na hora do crime todos querem a segurança presumida naquela tecnologia... Desse modo, a segurança tem prioridade momentânea; só para atribuir culpa aos "terceirizados", a quem se quer "transferir" todas as responsabilidades.

Quando não se consegue responsabilizar alguém próximo como o porteiro ou o chefe da segurança, culpa-se o prefeito, a polícia, o Estado e até o presidente da república...

Embora muito vulneráveis, imóveis são anunciados (mais caros) com esse status: conforto, lazer e “segurança total”... Assim, todos vão lucrando com isso até que ladrões percebam o descaso com a segurança. Aí quem lucra são eles!

"Lucros" sempre vem associados a "Riscos". O trabalho da segurança profissional é controlar riscos. Os lucros obtidos indevidamente nas barganhas com a própria segurança são vantagens instáveis e provisórias. Fragilizam o esquema de segurança e realimentam o ciclo da criminalidade.

A especulação neoliberal com a segurança é muito comum, mas claro que nenhum gestor assume essa conduta claramente. Supostamente para proteger bens e pessoas, muitos gestores de imóveis ensejam para os profissionais da vigilância eletrônica uma espécie de “missão secreta”: fazer uma segurança privada modernosa, dócil e barata; submissa e pronta para “assumir” total responsabilidade; estando supostamente pronta para pagar possíveis prejuízos que venham ocorrer. Assim, esses gestores “lucrariam” mais sem nem precisar gastar dinheiro com uma seguradora...

Mas o que parece genial encobre uma fraude na gestão da segurança. Com um comportamento negligente e omisso, os gestores-clientes querem “transferir” toda a responsabilidade a terceiros: os prejuízos morais, sociais e financeiros. A arrogância dos gestores criam um ambiente hostil: não para os ladrões, mas para os profissionais da segurança. A má vontade ou a má fé de gestores traz o mau uso da tecnologia, a quebra do sigilo dos sistemas e da relação de confiança com a equipe. Assim são os gestores que querem proteger apenas seus lucros e terceirizar uma tarefa inglória: a segurança.

A conduta social irresponsável com a segurança leva ao sucateamento de todo o apalhelho de segurança, público e privado. Não é à toa que o artigo 144 da Constituição Brasileira foi escrito assim: "Segurança é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos".

Segurança se faz com um conjunto de medidas harmônicas e sustentáveis. As tecnologias, de modo absoluto e isolado, não trazem segurança real e econômica. Tudo é vão sem real interesse e participação do cliente, apoio do Estado e colaboração da sociedade: políticos, profissionais, clientes, gestores, usuários...

Sem prioridades estratégicas e responsabilidades claras, muitos gestores vão continuar regateando assim: “ladrões são invencíveis; nada disso adianta; tudo isso é falho, mas quanto custa? Se algo ocorrer vocês pagam?...”. O desdém na segurança só serve para evitar investimentos e atitudes necessárias. Quando a busca de qualidade e especialização é uma balela, o que realmente se pretende com a terceirização é transferir as responsabilidades com a segurança e o ônus para terceiros.

Chamo tudo isso de “gestão neoliberal”. Na prática, a gestão da segurança de muitos condomínios é assim: vantajosa, liberal, modernosa e fadada ao fracasso.

André Pereira da Silva é consultor de segurança eletrônica da REDE ELETROGUARD, jornalista e escritor.

Fale com o autor: andré@eletroguard.com.br, Tel. (22)9978-7788. Acesse o site www.eletroguard.com.br

19 de jun. de 2009

SEGURANÇA É RESPONSABILIDADE DE TODOS.

Na nossa região dos lagos vivemos momentos cada vez mais difíceis na área da segurança. Por isso, estou encaminhando Projeto Cultural e Estratégico para a segurança dos municípios, envolvendo a sociedade civil organizada em parceria com a Guarda municipal e a Polícia Militar, assessoria jurídica da OAB e tecnológica da rede ELETROGUARD de Vigilância Eletrônica.

PROJETO PARA SEGURANÇA NO MUNICÍPIO

O projeto deve ter parceria e apoio:

JURÍDICO DA OAB*
CULTURAL DA PREFEITURA*
COMERCIAL DAS ENTIDADES ASSOCIATIVAS*
TECNOLÓGICO DA ELETROGUARD VIGILÂNCIA ELETRÔNICA*
OPERACIONAL E LOGÍSTICO DA GUARDA MUNICIPAL*
ESTRATÉGICO E TÁTICO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO*

*De acordo com atribuições legais das empresas privadas, com deveres constitucionais dos agentes públicos e estatutários das instituições parceiras.

“Segurança: Não basta orar, tem que vigiar. Não basta remediar, tem que prevenir. Não basta terceirizar, tem que colaborar. Não basta comprar, tem que manter. Não basta instalar, tem que gerir. Não basta eleger, tem que participar. Não basta falar, tem que haver entendimento. Todos devem zelar pela segurança, o tempo todo. Segurança é uma “cultura”, necessária à vida moderna. Essa responsabilidade deve ser compartilhada conforme o Art. 144 da Constituição Federal: A segurança é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”.

Trecho extraído do livro: “GESTÃO DE CONDUTAS NA SEGURANÇA ELETRÔNICA”, de André Pereira da Silva, editora Ciência Moderna - No site www.lcm.com.br se pode buscar o livro e ler a resenha.

O Projeto é assinado por André Pereira da Silva, sendo uma iniciativa da Rede ELETROGUARD, especializada em Vigilância Eletrônica: Sistemas de alarme, Sistemas de Observação por Câmeras, Videovigilância, Controles de Acesso, Biometria, Automatização de Portões, Barreiras de Contenção e Cercas Eletrificadas.

5 DIRETRIZES BÁSICAS DO PROJETO

Diante dos problemas de segurança que, ano após ano, se agrava silenciosamente no comércio do município, a prefeitura e a sociedade civil organizada (OAB, Associações de moradores, Associação Comercial, empresas de vigilância, etc.) deve liderar as iniciativas e adotar medidas estratégicas no setor:

1-Abrir espaço para divulgação do referido livro, programando debates e palestras, visando revolucionar a “cultura” da segurança regional.

2-Formar e manter as parcerias estratégicas, colaborando com soluções LEGAIS e efetivas para a segurança dos associados, fortalecendo economicamente as entidades que prestarem esse serviço inestimável.

3-Gerir os valores recebidos das empresas de Vigilância Eletrônica parceiras (geradoras dos recursos financeiros às Associações e tecnológicos aos associados clientes) reinvestindo no projeto ou simplesmente repassando aos associados como bônus; incentivos econômicos para quem participar do projeto com atitudes e investimentos individuais em segurança.

4-Unir esforços com instituições parceiras, cada qual no âmbito de suas atribuições, para obtenção dos resultados na estratégia da segurança e, na estratégia de captação de associados e de incentivos a proteção de comerciantes, clientes das empresas de vigilância eletrônica.

5-Assim, além de cumprir seus estatutos e atuar na esfera política do município com maior representatividade, as Associações e seus associados também cumprirão o Art. 144 da Constituição Federal: “A segurança é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”.

Esse é o escopo do projeto. Maiores detalhes deverão ser apresentados numa reunião que deve ser marcada em breve pelo tel. (22)9978-7788.

Participe. Estou no aguardo.

André Pereira da Silva
Consultor de Segurança Tecnológica
Responsável pela Rede ELETROGUARD de Vigilância Eletrônica e autor do livro.

PESQUISAS DE CONFIANÇA NA SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA.

Vote e veja o resultado atual dessa interessante pesquisa marcada pela Digital verde, na faixa vertical ao lado >>>
 
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